Método científico
Não é fácil achar uma canção sobre um tema supostamente tão árido quanto o método científico. Por mais que tenha buscado na memória, nada muito óbvio me ocorreu. Portanto, resolvi usar aqui uma canção que não fala sobre ciência, mas que é cantada por um músico cujo nome artístico tem tudo a ver com o tema: Chico Science. Além de fazer uma homenagem a um artista do qual gosto muito, escolhi a canção “Um passeio no mundo livre” pela simbologia que ela tem. A canção começa com a frase “Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar”. Segundo meu amigo Gonçalo Ferraz, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a ciência é um jogo de descobrir pequenas verdades, ou seja, de dar pequenos passos na direção de uma grande verdade. Além disso, a frase de Chico Science é um dos meus lemas como professor. O aprendizado raramente é feito em saltos, mas em passos pequenos que nos aproximam de uma compreensão maior sobre um determinado tema. |
Um passeio no mundo livre
Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar Eu só quero andar nas ruas de Peixinhos Andar pelo Brasil ou em qualquer cidade Andando pelo mundo sem ter "sociedade" Andar com meus amigos de eletricidade Andar com as meninas sem ser incomodado Nana-na-na-na-na-na-na-na! Nana-na-na-na-na-na-na-na! Nana-na-na-na-na-na-na-na! Nana-na-na-na-na-na-na-na! Eu só quero andar nas ruas do Brasil Andar no mundo livre sem ter "sociedade" Andando pelo mundo, de todas as cidades Andar com os meus amigos sem ser incomodado Andar com as meninas de eletricidade Nana-na-na-na-na-na-na-na! Nana-na-na-na-na-na-na-na! Nana-na-na-na-na-na-na-na! Nana-na-na-na-na-na-na-na! Segura essa levada, segura o maracatu Segura essa levada, segura o maracatu Segura essa levada, segura o maracatu Segura essa levada, segura o maracatu Mangroove! Eu só quero andar nas ruas do Brasil Eu só quero andar em todas as cidades Eu só quero andar sem ser incomodado Andar com as meninas de eletricidade |
Genética e evolução do comportamento
Para que o comportamento evolua é necessário que tenha base genética. Isso não significa que todos os comportamentos sejam determinados por genes. Claramente, existem comportamentos aprendidos, ainda que valha a pena ressaltar que a própria capacidade de aprendizagem possa ser influenciada por genes. As bases genéticas do comportamento são um tema bem consolidado na ecologia comportamental (pelo menos quando o objeto de estudo são animais não-humanos). Quando o objeto de estudo são os humanos, existe uma grande polêmica sobre o quanto os genes controlam ou pelo menos influenciam nosso comportamento. Muitos estudos empíricos sobre o tema usam gêmeos idênticos e não-idênticos. Não pretendo me aprofundar na literatura técnica sobre o tema, mas recomendo o documentário “Três Estranhos Idênticos” (Netflix), no qual conhecemos três gêmeos idênticos que foram criados de forma isolada por famílias com níveis social, econômico e cultural totalmente distintos. Quando finalmente os três rapazes de conheceram, descobriram que dezenas de comportamentos eram muito parecidos entre eles. Em gêmeos não idênticos, porém, a similaridade de comportamento deve ser menor, equivalente àquela observada entre irmãos não gêmeos. Você já parou para pensar se os gêmeos de “Eduardo e Mônica”, canção da Legião Urbana, são idênticos ou não-idênticos? Bem, apesar de os gêmeos surgirem apenas na penúltima estrofe da canção, Renato Russo diz “que nessas férias [a família] não vão viajar porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação”. Ou seja, não sabemos se são dois meninos ou um menino e uma menina. O que fica claro, porém, é que um gêmeo se parece comportamentalmente com Eduardo – um cara que quando jovem era meio preguiçoso e infantil – e o(a) outro(a) se parece com a Mônica – uma mulher que sempre foi mais culta e inteligente que o marido. Supondo que os comportamentos mencionados na canção têm alguma influência de genes, apostaria um bom dinheiro que os gêmeos de Eduardo e Mônica não são idênticos. E você? |
Eduardo e Mônica
Quem um dia irá dizer que não existe razão Nas coisas feitas pelo coração E quem me irá dizer que não existe razão Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar Ficou deitado e viu que horas eram Enquanto Mônica tomava um conhaque No outro canto da cidade, como eles disseram Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer Carinha do cursinho do Eduardo que disse Tem uma festa legal e a gente quer se divertir Festa estranha, com gente esquisita Eu não tô legal, não aguento mais birita E a Mônica riu e quis saber um pouco mais Sobre o boyzinho que tentava impressionar E o Eduardo, meio tonto só pensava em ir pra casa É quase duas e eu vou me ferrar Eduardo e Mônica trocaram telefone Depois telefonaram e decidiram se encontrar O Eduardo sugeriu uma lanchonete Mas a Mônica queria ver um filme do Godard Se encontraram então no Parque da Cidade A Mônica de moto e o Eduardo de camelo O Eduardo achou estranho e melhor não comentar Mas a menina tinha tinta no cabelo Eduardo e Mônica era nada parecido Ela era de Leão e ele tinha dezesseis Ela fazia medicina e falava alemão E ele ainda nas aulinhas de inglês Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus De Van Gogh e dos Mutantes De Caetano e de Rimbaud E o Eduardo gostava de novela E jogava futebol-de-botão com seu avô Ela falava coisas sobre o Planalto Central Também magia e meditação E o Eduardo ainda tava no esquema Escola, cinema, clube, televisão E, mesmo com tudo diferente Veio meio de repente Uma vontade de se ver E os dois se encontravam todo dia E a vontade crescia Como tinha de ser Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia Teatro e artesanato e foram viajar A Mônica explicava pro Eduardo Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer E decidiu trabalhar E ela se formou no mesmo mês Que ele passou no vestibular E os dois comemoraram juntos E também brigaram juntos muitas vezes depois E todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa Que nem feijão com arroz Construíram uma casa uns dois anos atrás Mais ou menos quando os gêmeos vieram Batalharam grana, seguraram legal A barra mais pesada que tiveram Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília E a nossa amizade dá saudade no verão Só que nessas férias não vão viajar Porque o filhinho do Eduardo Tá de recuperação ah-ah-ah E quem um dia irá dizer que existe razão Nas coisas feitas pelo coração E quem me irá dizer Que não existe razão |
Forrageamento & Defesa
As interações entre predadores e presas atraem a atenção dos humanos. Basta assistir a programas sobre natureza e vamos perceber que quase sempre há grandes carnívoros perseguindo e abatendo herbívoros. A caçada é um comportamento sofisticado. Em primeiro lugar, o predador deve reconhecer pistas no ambiente e investir a busca em locais onde a chance de encontrar uma presa é alta. Essa busca pode demorar várias horas ou mesmo dias. Portanto, os predadores estão sempre à beira da inanição. Uma vez encontrada a presa, é necessário subjugá-la. Entretanto, as presas não são alvos estáticos e tampouco se comportam de forma passiva frente a um ataque. Muitas correm e são perseguidas, enquanto outras, em uma tentativa desesperada de evitar a morte, contra-atacam. Nem sempre os artifícios de defesa das presas são suficientes e também não é sempre que os predadores saem vitoriosos. Trata-se de uma corrida armamentista em que os predadores estão constantemente desenvolvendo formas de aumentar o sucesso de forrageamento e, ao mesmo tempo, as presas estão fazendo o mesmo para evitar se tornarem comida. Confesso que não sou fã de Chico Buarque (peço desculpas se isso ofende alguém), mas a música que melhor traduz essa intrincada relação entre predadores e presas é “Caçada”. Nela, você é capaz de reconhecer em versos as várias etapas do forrageamento do predador e os mecanismos de defesa da presa. |
Caçada
Não conheço seu nome ou paradeiro Adivinho seu rastro e cheiro Vou armado de dentes e coragem Vou morder sua carne selvagem Varo a noite sem cochilar, aflito Amanheço imitando o seu grito Me aproximo rondando a sua toca E ao me ver você me provoca Você canta a sua agonia louca Água me borbulha na boca Minha presa rugindo sua raça Pernas se debatendo e o seu fervor Hoje é o dia da graça, hoje é o dia da caça e do caçador Eu me espicho no espaço feito um gato Pra pegar você, bicho do mato Saciar a sua avidez mestiça Que ao me ver se encolhe e me atiça E num mesmo impulso me expulsa e abraça Nossas peles grudando de suor Hoje é o dia da graça, hoje é o dia da caça e do caçador De tocaia fico a espreitar a fera Logo dou-lhe o bote certeiro Já conheço seu dorso de gazela Cavalo brabo montado em pelo Dominante, não se desembaraça Ofegante, é dona do seu senhor Hoje é o dia da graça, hoje é o dia da caça e do caçador |
Comunicação
A comunicação envolve a transmissão de uma mensagem de um ou mais indivíduos emissores para um ou mais indivíduos receptores. Por mais que a comunicação pareça um comportamento harmonioso, que favorece ambas as partes envolvidas, há muito espaço para conflito. Um emissor pode trapacear e emitir uma mensagem que o favoreça, mas que prejudique o receptor. Nesses casos, a seleção natural deve favorecer no receptor o reconhecimento das trapaças. As interações sexuais entre machos e fêmeas são uma zona propícia de conflito de comunicação. Enquanto machos podem enviar mensagens desonestas que aumentam sua probabilidade de acasalamento, espera-se que, ao longo do tempo evolutivo, as fêmeas respondam tornando-se “insensíveis” às trapaças masculinas. Um caso interessante ocorre em aranhas cujos machos oferecem para as fêmeas um presente nupcial que consiste em uma presa empacotada em seda. A presa tem valor nutritivo e, portanto, beneficia a fêmea. Porém, alguns machos não empacotam presas, mas sim materiais sem nenhum valor nutricional – são os trapaceiros. Como reconhecê-los é ainda uma questão em aberto. Uma canção muito divertida que me faz pensar no conflito de interesses envolvido na comunicação entre machos e fêmeas é “São Gonça”, cantada pelo vozeirão de Seu Jorge. Nessa canção, um homem promete o céu e um anel para sua amada, mas está sempre inventado desculpas esfarrapadas para não cumprir com o prometido. O mais interessante é que o próprio trapaceiro reconhece a desonestidade de sua mensagem e alerta a amada “mas você crê se quiser”. Sensacional! |
São Gonça
Pretinha, uh-uh-uh Faço tudo pelo nosso amor Faço tudo pelo bem de nosso bem, meu bem A saudade é minha dor E anda arrasando com meu coração E não duvide que um dia eu te darei o céu Meu amor junto com um anel Pra gente se casar No cartório ou na igreja Se você quiser Se não quiser, tudo bem, meu bem Mas tente compreender Morando em São Gonçalo, você sabe como é Hoje à tarde a ponte engarrafou E eu fiquei a pé Tentei ligar pra você O orelhão da minha rua estava escangalhado O meu cartão tava zerado Mas você crê se quiser Pretinha, uh Eu faço tudo pelo nosso amor Faço tudo pelo bem de nosso bem, meu bem Neném, ai-ai (faz isso comigo não) A saudade é minha dor E anda arrasando com meu coração Ôh-uôh-uôh-uôh-ôh E não duvide que um dia eu te darei o céu O meu amor junto com um anel Pra gente se casar, yeah No cartório ou na igreja Se você quiser Se não quiser, tudo bem, meu bem Mas tente compreender, tente compreender Morando em São Gonçalo, você sabe como é Hoje à tarde a ponte engarrafou E eu fiquei a pé Fiquei a pé Tentei ligar pra você O orelhão da minha rua estava escangalhado O meu cartão tava zerado Mas você crê se quiser Mas tente compreender, tente compreender Morando em São Paulo, você sabe como é Hoje a Marginal engarrafou E eu fiquei a pé Tentei ligar pra você O orelhão da minha rua estava escangalhado O meu cartão tava zerado Mas você crê se quiser Mas você crê se quiser Mas você crê se quiser Mas você crê se quiser Mas você crê se quiser |
Vida em grupo
Um dos principais benefícios da vida em grupo é o incremento da capacidade de defesa contra predadores. Aves ou mamíferos herbívoros que vivem em grupo são mais bem sucedidos em repelir o ataque de grandes predadores do que indivíduos sozinhos. Em outras palavras, é o efeito “juntos somos mais fortes”. Esse é exatamente o nome de uma canção ("Together we’re stronger") que descobri por meio do meu filho enquanto ele assistia a um vídeo sobre Minecraft no Tik Tok. A canção, atribuída a um bonequinho quadrado chamado Eystreem, não faz o meu estilo e jamais estará presente na minha playslist. Entretanto, a primeira coisa que me passou pela cabeça ao escutá-la foi a defesa em grupo. |
Together we're stronger
I used to be scared I used to be afraid But nowhere to hide Besides the home I made Terrified of the evils That lurked in the dark But now, Yeah now I see clearly I shouldn't be afraid The monsters should fear me Because my armor is stronger Our friendship is stronger Tonight! Flames are burning We'll fight! There's no returning Have no fear Together we're stronger As we stand here The battle is one, yeah! Tonight! We'll fight As we built our lives One rock at a time We mapped out a journey Together we climb To reach new heights And discover new places We'll fight the good we fight (We'll fight the good we fight) We worked hard to conquer the demons We built up strength while ignoring our feelings We feel.....It's just you and me that's here! Tonight! Flames are burning We'll fight Like there's no returning Have no fear Together we're stronger As we stand here The battle is one, yeah! (Together We're Stronger) (The battle's one yeah!) (Together We're Stronger We're Stronger We're Stronger We're Stronger We're Stronger) |
Cooperação e parentesco
Os insetos sociais são o exemplo mais emblemático de cooperação na natureza. As formigas saúvas merecem destaque, pois formam ninhos com milhões de operárias. Essas colônias enormes são fundadas por uma única rainha, conhecida como tanajura, que escava um pequeno ninho no solo. A escolha do local de nidificação é importante e qualquer erro pode condenar a colônia incipiente ao fracasso. As colônias bem-sucedidas coordenam o corte de uma enorme quantidade de folhas, usadas para cultivar o fungo do qual de alimentam as larvas de saúva. A atividade de corte é tão intensa que elas podem destruir cultivos agrícolas em poucos dias. A cruzada contra essas formigas motivou a profecia: “Ou o Brasil acaba com as saúvas, ou as saúvas acabam com o Brasil”. Bem, não é preciso dizer que a profecia não se concretizou. Muito pelo contrário: em vários ambientes, as saúvas são as os “herbívoros” dominantes, com um papel crucial na ciclagem de nutriente. Portanto, não seria exagero dizer que elas são as campeãs do (novo) mundo. Acho que a canção “We Are The Champions” do Queen, a maior banda de todos os tempos, retrata bem a história das saúvas, que vai desde a fundação da colônia até o árduo trabalho diário, passando pela batalha travada contra os humanos. Leia a letra e avalie e a associação que faço vai longe demais. |
We are the champions
I've paid my dues Time after time I've done my sentence But committed no crime And bad mistakes I've made a few I've had my share of sand Kicked in my face But I've come through We are the champions, my friends And we'll keep on fighting 'Til the end We are the champions We are the champions No time for losers Cause we are the champions of the world I've taken my bows And my curtain calls You brought me fame and fortune And everything that goes with it I thank you all But it's been no bed of roses No pleasure cruise I consider it a challenge before The whole human race And I ain't gonna lose We are the champions, my friends And we'll keep on fighting 'Til the end We are the champions We are the champions No time for losers Cause we are the champions of the world We are the champions, my friends And we'll keep on fighting 'Til the end We are the champions We are the champions No time for losers Cause we are the champions |
Seleção sexual
A escolha de um parceiro sexual pelas fêmeas depende em parte da sua função de preferência. A função de preferência relaciona os valores de uma característica sexualmente selecionada dos machos com a variação na probabilidade de acasalamento das fêmeas. As variações nessas funções determinam sua forma geral. Um dos tipos de função de preferência é a sigmoide ou aberta, na qual as fêmeas favorecem machos com valores extremos de características masculinas. Um exemplo desse tipo de função de preferência ocorre quando as fêmeas preferem os maiores machos ou os machos mais ornamentados da população. A canção “Never Enough”, da banca inglesa The Cure, é tradicionalmente interpretada como uma ode ao excesso. Na ótica da seleção sexual, entretanto, é impossível não pensar em um macho de baixa qualidade e que nunca alcança o limiar de preferência feminino. Por mais que este macho tente, nunca é suficiente para agradar sua parceira. |
Never enough
However much I push it down It's never enough However much I push it around It's never enough However much I make it out It's never enough Never enough However much I do However big I ever feel It's never enough Whatever I do to make it real It's never enough In any way I try to speak It's never enough Never enough However much I try to speak It's never enough However much I'm falling down It's never enough However much I'm falling out It's never enough Whatever smile I smile the most It's never enough Never enough However I smile I smile the most So let me hold it up Just one more go Holding it up for just once more One more time to fill it up One more time to kill But whatever I do It's never enough It's never enough |
Sistemas de acasalamento
A animação Madagascar tornou as fossas internacionalmente conhecidas. Elas são mamíferos predadores e arborícolas. Por razões óbvias, o filme não menciona nada sobre o interessante sistema de acasalamento das fossas. Ao caminhar à noite pelas florestas de Madagascar durante os meses de setembro e outubro, vamos escutar vocalizações que aos meus ouvidos parecem uma mistura de um miado com um pio de falcão. São os machos que, ao pé de uma árvore, emitem chamados e brigam selvagemente entre si para obter acesso a uma fêmea que espera por um parceiro nos galhos mais altos. As fêmeas também emitem vocalizações, que provavelmente servem como um sinal de receptividade e uma forma dos machos localizarem as árvores ocupadas. Uma mesma fêmea pode copular com vários machos em sequência, o que caracteriza o sistema de acasalamento como poliândrico. Ao escutar a cação “Hot Stuff” da diva Donna Summer, foi impossível não lembrar das fossas... |
Hot stuff
Sittin' here eatin' my heart out waitin' Waitin' for some lover to call Dialed about a thousand numbers lately Almost rang the phone off the wall Lookin' for some hot stuff, baby, this evenin' I need some hot stuff, baby, tonight I want some hot stuff, baby, this evenin' Gotta have some hot stuff, gotta have some love tonight (hot stuff) I need hot stuff I want some hot stuff I need hot stuff Lookin' for a lover who needs another Don't want another night on my own Wanna share my love with a warm blooded lover Wanna bring a wild man back home Gotta have some hot love, baby, this evenin' I need some hot stuff, baby, tonight I want some hot stuff, baby, this evenin' Gotta have some lovin', gotta have love tonight (hot stuff) I need hot stuff Hot love, lookin' for hot love Hot, hot, hot, hot stuff Hot, hot, hot Hot, hot, hot, hot stuff Hot, hot, hot How's about some hot stuff, baby, this evenin'? I need some hot stuff baby, tonight Gimme a little hot stuff, baby, this evenin' Hot stuff, baby, gonna need your love tonight (hot stuff) I need hot love Lookin' for hot stuff, wanna have hot love Sittin' here eatin' my heart out, no reason Won't spend another night on my own I dialed about a hundred numbers lately I'm bound to find somebody home Gonna have some hot stuff, baby, this evenin' I need some hot stuff, baby, tonight Lookin' for my hot stuff, baby, this evenin' Need some lovin', baby, gonna need your love tonight Hot stuff, baby, this evenin' I need some hot stuff, baby, tonight, yeah, yeah I want some hot stuff, baby, this evenin' I want some hot stuff, baby, tonight, yeah, yeah, yeah, yeah, now Hot stuff, baby I need your hot stuff, baby, tonight I want your hot stuff, baby, this evenin' Hot stuff, baby, gonna need your love tonight |
Cuidado parental
O cuidado parental, por definição, beneficia a prole. Em muitos casos, porém, os indivíduos parentais podem pagar um alto custo para aumentar as chances de sobrevivência dos filhotes. Nos mamíferos, o cuidado parental recai principalmente sobre a fêmeas, pois são elas que gestam os filhotes dentro do corpo por um período que pode chegar a quase dois anos, como é o caso do elefante africano. Depois do nascimento, somente as fêmeas podem alimentar a prole, pois são elas que possuem as glândulas produtoras de leite, que é a principal fonte de alimentação dos filhotes. Por fim, em muitas espécies, os filhotes permanecem junto às mães por vários anos e se beneficiam de muitas formas, incluindo o aprendizado. A canção “Drain You”, da banda americana Nirvana, parece ser uma referência muito explícita aos custos do cuidado parental da perspectiva de um filhote mamífero (quase certamente um humano). Desde o título, que evoca drenar a mãe, passando pelo parto, alimentação e aprendizado, a canção mostra a relação de amor e conflito entre a prole e o parental.
O cuidado parental, por definição, beneficia a prole. Em muitos casos, porém, os indivíduos parentais podem pagar um alto custo para aumentar as chances de sobrevivência dos filhotes. Nos mamíferos, o cuidado parental recai principalmente sobre a fêmeas, pois são elas que gestam os filhotes dentro do corpo por um período que pode chegar a quase dois anos, como é o caso do elefante africano. Depois do nascimento, somente as fêmeas podem alimentar a prole, pois são elas que possuem as glândulas produtoras de leite, que é a principal fonte de alimentação dos filhotes. Por fim, em muitas espécies, os filhotes permanecem junto às mães por vários anos e se beneficiam de muitas formas, incluindo o aprendizado. A canção “Drain You”, da banda americana Nirvana, parece ser uma referência muito explícita aos custos do cuidado parental da perspectiva de um filhote mamífero (quase certamente um humano). Desde o título, que evoca drenar a mãe, passando pelo parto, alimentação e aprendizado, a canção mostra a relação de amor e conflito entre a prole e o parental.
Drain you
One baby to another says: I'm lucky to have met you I don't care what you think unless it is about me It is now my duty to completely drain you I travel through a tube and end up in your infection Chew your meat for you Pass it back and forth In a passionate kiss From my mouth to yours I like you With eyes so dilated, I've become your pupil You taught me everything without a poison apple The water is so yellow, I'm a healthy student Indebted and so grateful, vacuum out the fluids Chew your meat for you Pass it back and forth In a passionate kiss From my mouth to yours I like you You, you, you You, you, you One baby to another says: I'm lucky to have met you I don't care what you think unless it is about me It is now my duty to completely drain you I travel through a tube and end up in your infection Chew your meat for you Pass it back and forth In a passionate kiss From my mouth to yours Sloppy lips to lips You're my vitamins I like you |
Agressão
Existem muitos modelos teóricos para prever o resultado ou a duração de combates. Um dos primeiros modelos ficou conhecido como “guerra de atrito” e é baseado na teoria dos jogos. Segundo o modelo, os adversários se enfrentam de forma contínua até que o perdedor se esgote ou morra. Um exemplo da guerra de atrito na história da humanidade foi a I Guerra Mundial, durante a qual os exércitos adversários se enfrentaram em trincheiras praticamente estáticas durante vários anos. Entre os animais não humanos, um dos exemplos mais didáticos de guerra de atrito ocorre em borboletas do gênero Heliconius. De forma geral, os machos pousam sobre pupas de fêmeas e esperam por sua eclosão, pois a cópula ocorre enquanto as fêmeas sequer terminaram de estender suas asas. Antes da cópula, porém, há uma guerra de resistência entre os machos pousados sobre uma mesma pupa e os perdedores morrem, pois gastam toda sua energia esperando a eclosão de uma parceira em potencial. Uma das minhas bandas preferidas, Tears for Fears, tem uma canção chamada justamente “War of Attrition”. Apesar desta canção não estar no meu top 10 da banda, sua letra me parece uma alegoria interessante ao modelo teórico e sua origem na teoria dos jogos. |
War of attrition
Come and play, it's OK Cast your eyes upon Know your place Show your face Sleep won't help you none You might say, it's a War of Attrition War of Attrition War of Attrition War of Attrition This your fate No escape I have learned to love I can wait What's my name What's your game You have lied enough Then you turn around and tell me it's not war War of Attrition War of Attrition War of Attrition War of Attrition Time, a long slide War of Attrition War of Attrition War of Attrition War of Attrition War of Attrition War of Attrition War of Attrition |